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24 de outubro de 2010

Igreja X Mundo


Olá, como eu  sempre digo quando inicio um assunto, é que  sempre  tenho em mente  algumas questões  a respeito de palavra de Deus, faço algumas anotações, mas as vazes não consigo concluir o assunto, é como se não fosse o momento, pois bem não que eu precise parar para pensar ou que exista momentos para falar da palavra de Deus, é que o importante é que todos entendam, pois a palavra está em nossa mente o tempo inteiro, as vezes nos calamos, mas nos bastidores do nosso dia a dia ficamos abservando  o comportamento humano e as palavras sábias de Jesus e dos Apóstolos que nos deixaram conselhos extraordinários para serem aplicados tanto em nossa vida diária, como em nossa vida Cristã.
    Por isso que eu falo, como diz o salmo 45.1: "O meu coração ferve com palavras boas, falo do que tenho feito no tocante ao Rei. A MINHA LINGUA É A PENA DE UM DESTRO ESCRITOR", realmente, vou usar um termo bem antigo nada se extraiu da “pena humana” ou nada se escreveu, penso eu, verdades e conselhos  tão maravilhosos existentes na Bíblia escrevi algo que pretendo comentar outra ocasião, mas agora quero falar de relacionamento, é, mas da Igreja e do Mundo.
     Fiz uma comparação entre a Igreja e o mundo onde a Igreja é descrita por Jesus como a noiva, a espera do noivo como um par feliz, num relacionamento feliz e perfeito.
    E o mundo, ah, o mundo, o ex namorado sedutor que consegue roubar a noiva do seu amado quase que transformando na maior tragédia da história:
   Caminhava a Igreja e o mundo bem distante e separados um do outro.
   O mundo, um verdadeiro Don Juan, de acordo com uns, mulherengo barato, concupsiente, cruel, sedutor, que buscava apenas conquistas, onde cantava suas canções  divertidas aproveitando a vida presente.
     Ao passo que a Igreja, com seus louvores a Deus planejava seu futuro feliz ao lado do futuro esposo.
    Não tardou, o mundo encontrou a Igreja,  traiçoeiro e sedutor aproximou se da Igreja com seus encantos e sorrisos dizendo:
   Olá Igreja, quanto tempo não a vejo, vem, saia comigo, dá-me tua mão.    Contudo a imaculada Virgem de Cristo, disse:
    Não, jamais andarei junto de ti, você é enganador e seu caminho é perdição.
    Ah  Igreja; vem, ande  comigo, pelo menos um pouquinho só, eu mudei, as coisas mudaram disse o mundo, com aparente sinceridade.
   O meu caminho é apenas espaçoso e divertido. Observei que você parece tão triste seu noivo esta demorando muito , você anda solitária as pessoas te rejeitam, vive desamparada por todos, ao passo que eu vivo alegre  e cercado de prazeres e muita gente ao meu redor querendo ficar comigo.
   Vem, bela Igreja, seja sociável, em meu caminho há espaço para mim e para você eu quero sua compania, seu noivo nem verá. Olha dessa vez eu te prometo andaremos juntos, passo a passo, ombro a ombro, de mãos dadas como nos velhos tempos, antes de você aceitar esse seu noivo, lembra?
   Meio tímida, a Igreja se aproximou do mundo, cabisbaixa, e lhe deu,
 a mão.
   O mundo agarrou-a,  e caminharam ambos juntos...
   Não demorou e o mundo cochichou, baixinho,  aos ouvidos da igreja:
   Tuas vestes são simples demais, são brancas sujam se facilmente, quem anda comigo deve andar como eu ando á vontade sem medo de se sujar , não precisa nem ter cuidado,olha, você formou um belo “corpo”serás mais alegre, não precisa ficar aí se preocupando com seu futuro, o que importa é o presente,  uma coisa eu te prometo “ninguém mais te perseguirá” eu cuidarei de ti enquanto seu noivo não vem, serás aceita na sociedade.
   Diante desta sugestão a igreja olhava para sua roupa simples e branca e olhava também para o mundo em seus trajes deslumbrantes, morreu de vergonha ao notar que os do mundo  riam de sua simplicidade.
   Está  bem, disse a igreja: Trocarei minha roupa branca e comprida por trajes que mostrem meu belo corpo como você gosta. A roupa branca e simples da igreja  desapareceu e o mundo lhe deu jóias e luxuosos vestidos sensuais mostrando sua nudez com belos adôrnos exterior.    “Que é que tem? Serei igual a todos” acho até que agradarei meu noivo quando ele voltar.
   Cessou então a perseguição que a igreja antes sofrera, passou  a ser convidada a festas, a banquetes, desfiles, marchas, reuniões sociais e até mesmo políticas, realmente a Igreja tornou se a perfeita aliada aos interesses do mundo.
    Tua casa  também é simples demais, disse o mundo à igreja. Eu te farei belos templos como se fossem castelos dignos de uma Rainha.
   Assim fêz o mundo à igreja,  luxuosos e suntuosos templos.
   Tem mais, seus  mestres são antiquados demais, disse, sorridente o mundo à igreja. Eles assustam meus amigos com histórias horríveis.
   Falam do fim do mundo, do julgamento final, da ira futura, de arrependimento, assuntos impopulares.
   Eu vou mandar- lhe  oradores modernos,  brilhantes, eloqüentes, divertidos, diplomados nas universidades, de fama mundial, que pregam tudo isso que eu te prometi.
   O Pai de seu noivo é misericordioso e bom ele entenderá. Pensas tu que ele não  daria tudo isso, aos seus filhos, coisas boas, riquezas e muitos deleites, assim como eu dou,  você acha que ele daria apenas vida eterna, o importante também é aproveitar o mundo agora.
   Deixe de ser ingênua, exija seus direitos, já que esse seu noivo quer desposar de ti, você acha que ele futuramente levaria um filho de vocês ao céu enquanto mandaria outro para o inferno?
   Diante deste conselho a igreja chamou pregadores de fama mundial. E aqueles que pregam a cruz  e o arrependimento, foram demitidos dos púlpitos.
   O luxo e mamom entraram e sustentaram a Igreja moderninha.
   Deste modo, os da igreja e os do mundo  caminham juntos até hoje na estrada da vida, ou melhor do mundo, pena que não serão felizes para sempre.
   Bom meus amados, o verdadeiro  Don Juan é um fictício lendário libertino, de quem história foi contada muitas vezes por autores diferentes. O seu nome às vezes é figurativamente usado como um sinônimo, para sedutor (ou "Payboy). A verdadeira história de Don juan, termina coincidentemente numa dramática descida de Don Juan ao Inferno.         
    Essa descrição alegórica da experiência da igreja apostólica, é uma tremenda advertência para nós também? A história se repete constantemente.
   Vida Cristã é realmente como um noivado e um futuro casamento, não podemos ser vulneráveis, temos o nosso livre arbítrio, mas quando dizemos “Sim” temos que ter consciência de nossa responsabilidade a vi da toda, vida Cristã não é mar de rosas nem uma eterna lua de mel, quando planejamos nosso casamento, assim como quando aceitamos a Cristo achamos que todas as nossas frustações e difiuldades  que passamos serão resolvidas, assim como no casamento onde achamos que teremos  digamos assim”geladeira cheia” o resto da vida, não é verdade?
        Então continuando.... neste mesmo tempo o anjo da graça escreveu á Igreja que se tornara amante do mundo, e disse:
       Eu conheço todas as tuas obras e a tua traição e tudo o que você fez, digo que arrependa-te.
       Com esta declaração a igreja ficou triste e, aflita, mas, não se arrependeu!
      Bom, essa história ainda não terminou, mas já tem o seu final escrito,  para fazermos parte dela e sermos então felizes por toda a eternidade depende  de cada um de nós, que como exemplo de uma noiva fiel possamos esperar sem deixarmos nos seduzir,  pois o que vencer herdará todas as promessas futuras e verdadeiras que durarão por toda a eternidade, e deste Noivo que é Jesus Cristo realmente nem a morte nos separa.
   Por enquanto é só, talvez eu continue, mas o importante é :
 Estudem, aprendam, rejeitem aquilo que seduz , pois é passageiro e guardem o que  a palavra (Cristo ) o noivo oferece eis que ele virá sem demora, guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa Apc.3,11.

Por Marinete Saraiva
Comunidade Evangélica em Vila Nova Cachoeirinha

14 de outubro de 2010

Pentecostal Decente!



Gosto muito do Orkut. Ultimamente tenho andado menos tempo no site de relacionamento, porém, em dias idos, era ali o lugar onde minhas reflexões se tornavam públicas; e também onde travei inúmeros debates sobre os mais variados temas teológicos, e até mesmo políticos – ferrenho inimigo que sou do comunismo e de suas principais vertentes socialistas, criei alguns desafetos com gente ligada ao PT, Governo Lula, MST, e por aí vai…
Um dia desses, surfando ‘de bobeira’ pela página que lista as comunidades das quais sou membro, me deparei com um nome bem sugestivo, e do qual não mais recordava: “Pentecostal Decente”. Não pude deixar de rir com meus botões ao me dar conta da mensagem subliminar por trás da nomenclatura. Quem idealizou a comunidade, e provavelmente todos que a ela se filiaram, assumem que há algo de errado no atual uso do termo “pentecostal”; sim, de outra forma a escolha do título não faria o menor sentido.
A expressão ‘pentecostal decente’, nos fala que há pentecostais indecentes, seja lá qual for o critério que cada um utiliza para tal conclusão. E eu posso imaginar, e ser solidário, com vários possíveis critérios.
Existe um pentecostalismo indecente que transforma manias culturais em dogmas de fé. Foi dentro de um pentecostalismo assim que eu fui criado. Trata-se de uma religião de culpa e medo, que domina a consciência das pessoas por meio do legalismo religioso. Não pretendo descrever os abusos espirituais que presenciei, até porque, todas as vezes que tendei comentar o assunto, muitos imaginaram que eu estava apenas sendo rancoroso. O caso é que este tipo de pentecostalismo, ou melhor, de religião indecente, causa grandes prejuízos emocionais e culturais para a sociedade como um todo. E como toda falsa religião, deve ser sumariamente combatido. Existe um pentecostalismo indecente que transforma a defesa da fé em sectarismo religioso. Você sabia que muitos pentecostais não interagem com cristãos de outras confissões? Do mesmo modo que muitos fundamentalistas consideram os demais cristãos como apostatas; alguns pentecostais pretendem fazer crer que o resto da cristandade não possui o Espírito Santo, a salvação, a santidade… Por incrível que pareça, existem ministérios dentro das Assembléia de Deus – só para dar um exemplo – que não interagem com outros ministérios dentro da própria Assembléia de Deus, mesmo que os dois pertençam à mesma convenção nacional! Talvez elas tenham bons motivos para o sectarismo, como por exemplo, uma aceita o uso de brincos, e a outra não…
Existe um pentecostalismo indecente que converte a experiência pentecostal em misticismo antibíblico, e portanto, irracional. E aqui eu incluo todas as vertentes pseudopentecostais que mistificaram rituais, pessoas, objetos, campanhas, frases… O leitor certamente conhece alguém que segue a cartilha mística. Pode ser aquele seu vizinho que colou na porta de casa o diploma de dizimista; ou o pessoal da casa da frente que antes de viajar nunca deixa de ouvir “uma palavra de Deus” com a profetisa da rua de cima, e assim por diante. Existe um pentecostalismo indecente que convence os incautos de que o conhecimento bíblico pode ser perigoso. Esta é uma das formas mais blasfemas de falsa religião, e está intimamente ligada ao misticismo do qual falamos no parágrafo anterior. Neste pecado caem até mesmo diversos ministros do pentecostalismo clássico, que mesmo combativos aos misticismos da moda, não resistem a clichês do tipo: “Hoje não vim falar de teologia com vocês, eu vim lhes trazer uma mensagem do céu”. Toda vez que ouço alguém falando coisas assim, e normalmente estão sobre o púlpito quanto assim procedem, tenho vontade de vomitar. Uma pessoa, ou instituição, que se acha no direito de desdenhar o conhecimento de Deus que se adquire por meio de Sua Palavra, não é digna de ser chamada de cristã. Existe um pentecostalismo indecente que alugou seus púlpitos como barraquinha de votos. Não sou contra política, muito pelo contrário. Sou, aliás, da opinião de que boa parte dos ministros brasileiros é politicamente covarde, e vendida a qualquer um que esteja no Governo. E é exatamente por tal covardia, aliada a um crescente mercantilismo, que muitos líderes oferecem suas ovelhas aos lobos de gravata. Não sou profeta, mas posso perfeitamente prever o que acontecerá no ano que vem, e nos anos que virão: muitos candidatos sendo convidados a sentarem no púlpito, enquanto recebem orações, elogios e agradecimentos!
A Igreja deve se envolver com política? Deve, ou melhor, tem obrigação de fazê-lo! Mas, é aqui que mora o problema: a maioria dos ministros evangélicos, incluindo pentecostais, não faz política, faz negócio…
Existe um pentecostalismo indecente que gerou a consagração por nepotismo. Como muitos líderes pentecostais, e pseudopentecostais, imaginam que são os coronéis deste ou daquele ministério, nada mais natural que lutem para perpetuar a herança familiar! Nada mais justo, não é mesmo? E é aqui que entra o nepotismo ministerial… Não importa se o rapaz esteve até ontem fora da Igreja, freqüentando motéis, bordeis e orgias mil – o que importa é que hoje ele foi ‘escolhido’ pelo Senhor para assumir alguma liderança da Igreja. E, temos visto, não é incomum, que algum ‘profeta’ valide a decisão, com alguma oportuna ‘mensagem do céu’…
Filho de pastor pode ser pastor? Pode, é perfeitamente possível. Filho de pastor é pastor? Não, é peixe, e na peixada pode garantir seu lugar ao sol, mas não é por consangüinidade pastor. Existe um pentecostalismo indecente que substituiu a experiência carismática por técnicas de manipulação. Constate isso visitando alguns congressos famosos, sempre prestigiados por grandes (sic) e também famosos pregadores… Observem que boa parte dos pregadores não se contenta mais em falar de Cristo, e nem de gritar sobre Cristo! Agora eles têm descoberto uma nova, e muito mais rentável vocação: animadores de auditório. Algumas vezes eu fico cansado só de ver as pessoas obedecerem a determinados pregadores. Levante, sente, bata palma, fale com o vizinho, abrace o da frente, feche a mão, abra a mão, estenda a mão, recolha a mão, grite, feche os olhos, veja o anjo, veja a tocha, bata o pé, pise no Encardido, dê um salto, repita comigo, mais alto, repita novamente… Ufa!
Aqui entre nós: – diversas vezes fico duplamente constrangido, por mim, e por alguns pregadores. Mas, qual minha culpa se eles acham que tenho obrigação de obedecer as suas macaquices? Não senhores; não tenho tal obrigação! Tenho obrigação e gosto em ouvir a Palavra de Deus, mas não de ficar participando de técnicas motivacionais. Por isso, já deixo o meu aviso: nunca se dirijam a mim solicitando algum malabarismo, eu não farei; os únicos ‘exercícios físicos’ que faço na Igreja são: ajoelhar ao entrar no templo, caminhar para o púlpito quando é o caso, colocar-me em pé para as intercessões, levar a mão ao bolso para a oferta (e só quando tenho), levantar-me para a Leitura, e estender a mão para a Benção Apostólica. Não é confortável falar sobre o erro que vemos diante de nós, até porque estou certo que todos desejamos uma Igreja fiel e comprometida com a Palavra do Senhor. Criticar é sempre uma tarefa dolorida. Ouvi alguém dizer que quando criticamos alguma coisa na Igreja, devemos sempre ter em mente que ela é a Noiva de Cristo, e que nenhum esposo aceitaria afrontas contra a sua Amada; de modo que o único modo de criticar a Igreja é com lágrimas nos olhos… 

E, não poderia ser diferente, são lágrimas que nos assaltam a alma todas as vezes que estes erros se apresentam, e todas as vezes que se fazem combater. Que nenhum critica seja dirigida ao povo de Deus, como se falássemos de uma coisa qualquer, antes, na certeza de que o Senhor “corrige o que ama; e açoita a qualquer que recebe por filho” (Hebreus 12.6).


Veja igreja, nós não estamos só...
Fonte: Olhar Reformado
Marcelo Lemos


Por Pastor José Carlos Windt
Comunidade Evangélica em Vila Nova Cachoeirinha