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13 de maio de 2011

Leia mas pense... #2

Passei uns bons anos de minha vida religiosa fazendo quebra de maldição, eu abria a minha casa e cheguei a receber mais de 100 pessoas de uma vez para fazer a tal da quebra de maldição.
Sou muito sincera, e honesta, acreditava de todo o meu coração que estava ajudando as pessoas, que existiam demônios hereditários que ficavam sobre as famílias atormentando-as, e aprisionando-as.

Eu preparava desde o café da manhã, passando pelo almoço, até o lanche da tarde, pois, estas reuniões levavam o dia inteiro, eu trabalhava muito, sou extremamente perfeccionista, e sempre fiz o melhor para todos, queria que as pessoas se sentissem muito bem, confortáveis em todos os aspectos para poderem como eu acreditava, “serem libertas”.
Já a frente de uma igreja, quando meu marido foi consagrado pastor, levamos esta pratica e a fazíamos mais ou menos a cada três meses, lá nos acrescentamos também um questionário de varias paginas onde acreditávamos ser um mapeamento, um histórico de todo o envolvimento da pessoa com os espíritos das trevas, uauhhh.
Era impressionante, no dia que era marcado para fazer isso, as pessoas traziam seus questionários respondidos para rasgarem, nós aos gritos declarávamos para que os espíritos imundos saíssem daquelas vidas, que todo o vinculo estava desfeito, que toda a aliança com o diabo estava quebrada, que todo o espírito hereditário não tinha mais poder sobre as vidas ali, o povo caia no chão gritando, muitos precisavam ser segurados pelos diáconos e obreiros, todos adoravam aquelas manifestações, fazia parecer que a igreja era muito poderosa.
Todos que participavam dessas reuniões, desde o que trabalhava na introdução, interseção, louvor, cantina, todos se sentiam cheios de poder, pois, estavam participando de uma “guerra espiritual” , e quanto mais o povo pulava e gritava mais poderosos nos achávamos.
Não preciso nem dizer que em todas as “quebras de maldições” eram quase sempre as mesmas pessoas que participavam e que caiam “endemoninhadas”, era tanto poder, eram tantas pessoas orando para que o povo fosse liberto, jejum e consagração, e no final as mesmas pessoas se contorciam, caia no chão e se arrastavam de novo, ninguém era liberto, ou melhor, livre de nada.
Estudando as escrituras
Havia no meio do povo judeu, da nação de Israel, um provérbio que dizia que os pais comiam uvas verdes, e os dentes dos filhos é que perdiam a sensibilidade, eles acreditavam em maldição hereditária, que os pais faziam alguma coisa de errado, mas, eram os filhos que sofriam as conseqüências, e este provérbio era altamente difundido no meio da nação, eram crenças que vieram de outros povos, mas Deus repreendeu e ensinou corretamente o seu povo, esta escrito:
          Ezequiel 18 : 1 ~ 20
E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?
Vivo eu, diz o Senhor Deus, que nunca mais direis esta parábola em Israel.
Eis que todas as almas são minhas; como é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
Sendo, pois, o homem justo, e praticando juízo e justiça.
Não comendo sobre os montes nem levantando os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação,
Não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com roupa,
Não dando o seu dinheiro em usura, e não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;
Andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos e procedendo segundo a verdade, o tal justo viverá, diz o Senhor Deus.
E se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas;
E não cumprir todos aqueles deveres, mas antes comer sobre os montes, e contaminar a mulher de seu próximo,
Oprimir ao pobre e necessitado, praticar roubos, não tornar o penhor, e levantar os seus olhos para os ídolos, e cometer abominação,
E emprestar com usura, e receber demais, porventura viverá?
Não viverá. Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.
E eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes,
Não comer sobre os montes, e não levantar os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, e não contaminar a mulher de seu próximo,
E não oprimir a ninguém, e não retiver o penhor, e não roubar, der o seu pão ao faminto, e cobrir ao nu com roupa,
Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá.
Seu pai, porque praticou a extorsão, roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá pela sua iniqüidade.
Mas dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade do pai? Porque o filho procedeu com retidão e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá.
A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

O texto é bastante claro, fala de três gerações, e que ninguém leva o pecado do outro, a alma que pecar essa morrerá, mas é impressionante, o homem em todos os tempos não ama a Deus, não crê em sua palavra, pois, este mesmo provérbio continuou sendo difundido na nação de Israel, mesmo o Senhor Deus dizendo que isso não era verdade.
          João 9 : 1 ~ 7
E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego.
E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.
Havia uma profecia que foi dada a nação de Israel que dizia das obras que o messias faria, para que este povo reconhecesse o messias quando viesse, e Jesus cumpriu todas estas profecias mostrando que era o enviado de Deus, mas podemos observar nesta passagem que os discípulos criam em maldição hereditária, que aquela parábola continuava encontrando adeptos.
A palavra de Deus diz que não existe maldição hereditária, mas os homens dizem que sim, que existe.
Ser um adorador é acreditar no que o Senhor diz, na sua palavra, quando estudamos este texto o nosso coração se quebrantou, foi dominado por ela, e nos rendemos, paramos imediatamente de praticar aquelas obras de feitiçaria, nos arrependemos, porque aquilo tudo era abominação a Deus, pois, se sua palavra diz que ninguém leva o pecado do outro, como podemos dizer que sim?
Mas o que era tudo aquilo que acontecia naquelas reuniões, quando no dia de rasgar o questionário as pessoas se jogavam no chão e gritavam tanto, como se realmente estivessem possuídas?
As palavras ministradas por nós, eram totalmente sugestionadas, dizíamos que havia demônios hereditários, dávamos ate os nomes de cada exu, as pessoas de uma maneira ou de outra passam por diversos problemas, na sua maioria ocasionada por elas mesmas, por condutas erradas na vida, e é muito mais fácil colocarmos a culpa em um demônio pelos problemas sofridos, do que reconhecermos que erramos e mudarmos de atitude, e com a alma doente, marcada pelo sofrimento, as pessoas apenas expressavam suas dores da maneira que haviam sido induzidas na sua mente a acreditarem, que eram  demônios, todas aquelas manifestações eram almáticas.
Quero deixar bem claro que os homens que estiveram sobre nossa liderança, posso dizer assim “espiritual”, nos ensinaram exatamente dessa mesma maneira com que ensinávamos, fomos uma repetição de erro, não fizemos isso por maldade, ou por algum sentimento sórdido, achávamos mesmo que o que haviam nos ensinado era de Deus, pois estes homens eram de uma igreja muito grande, e nos ensinaram com muita propriedade, como quem tem autoridade vinda de Deus.
Claro que isso não nos isenta desse erro, pois deveríamos ter estudado muito mais as escrituras, porque está escrito que aquele que está a frente de um povo deve manejar muito bem a palavra de Deus, deve conhecer as escrituras, pois, como pode um cego conduzir outro cego.
O mais impressionante disso tudo, é que hoje quando mostramos esse texto de Ezequiel 18 para as pessoas, quando vemos alguém nestas praticas e crendo nestas coisas, e queremos ensiná-las, elas nos dizem que estamos errados, que somos hereges e que existem estas tais maldições, ignorando assim as escrituras.
Não importa o que está escrito, a tradição e o costume falam mais alto, as pessoas amam o sobrenatural, a feitiçaria, o ocultismo, mas, isso falarei no próximo artigo.







Por Mara Rubia
Comunidade Evangélica em Vila Nova Cachoeirinha

Um comentário:

  1. Fora e dentro das igrejas a tradição irracional priva o homem de DEUS,talvez para sempre.

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